quarta-feira, 30 de abril de 2014

SANTUÁRIO "MÃE DO INFINITO AMOR"



                 PAZ, AMOR e EMOÇÃO – tudo se encontra no Santuário “MÃE do INFINITO AMOR”. Quem não conhece procure uma ocasião para visitá-lo e vai sentir  uma inesperada Paz que nunca sentiu, uma beleza serena em cada espaço do Santuário com flores colorindo a natureza e o silêncio consola a alma daqueles que se encontram aflitos.
                 No quarto domingo de cada mês, a partir das 15h, tem reza do terço, celebração da Santa Missa e Interseção.  O Santuário  encontra-se  entre  Bom Jesus e Itaperuna.  Não deixe de conhecer este lugar de AMOR e PAZ.








segunda-feira, 28 de abril de 2014

LIVRO "POEMA DO AMOR ETERNO" - 1978



MARIA  MISÉRIA
                 Neumar M. Silveira

Maria Miséria do beco da fome,
Maria sem nome, Maria qualquer.
A cruz da desdita lhe pesa nos ombros,
nos ombros cansados da pobre mulher.

Da dor traz a marca no rosto enrugado
cansado, abatido, sem vida, sem cor.
A mãos estendidas, pedindo clemência,
cabeça pendida, sem sonhos de amor.

Maria Miséria do beco da fome,
seus dias de gloria o tempo apagou.
Seus olhos, outrora, que pouco choravam,
choravam  tristezas que o vento secou.

Na tumba sem nome do beco da fome,
repousa  Maria na campa sem flor.
Maria Miséria da vida sofrida,
Tem hoje guarida na paz do Senhor !

sexta-feira, 25 de abril de 2014

LIVRO "POEMAS DE NEUMAR" - 1979



             NOSSO  AMOR
                        Neumar M. Silveira

Nosso amor foi passageiro
como um grito na montanha.
Passou. Simplesmente,
sem deixar vestígios ou ecos.
Grito perdido de alguém
que ousou falar de amor
a uma montanha, inóspita e surda.

O grito se perdeu
na boca do vento
e o coração se fechou
às lufadas da brisa.
Hoje o silêncio é feito
de soluços sufocados
e de coisas mortas.
Silêncio de montanha.
Há cheiro de mofo no ar,
e um som indecifrável de sepulcro.
Passou o amor, findou a vida.
A montanha continua inerte
à espera de outros gritos.
              

terça-feira, 22 de abril de 2014

O DIREITO DE TODOS



                                     O  DIREITO  DE  TODOS
                                                               Neumar Monteiro
         Todos nós temos o direito de ter ou não ter um animal de estimação, 
porém devemos respeitar os direitos dos que não gostam e dos próprios
 animais.
          Quando passeamos com os nossos animais  (cachorro)  devemos
 levar os recipientes para coletarmos principalmente as fezes e devemos,
 também, não deixar que nossos  animais  urinem  em  gramas ou areias 
usadas para o lazer de humanos. Infelizmente o que vemos são pessoas 
que não ligam a  mínima  para  se  estão  ou  não  incomodando  alguém. 
Uns soltam seus animais  na  rua  para  emporcalhar  a  frente das casas 
alheias ou os  levam na coleira sem  se  preocupar  onde  estão  fazendo 
as suas  necessidades,  a c ulpa n ão  é  dos  animais  e  sim dos donos.
            Outro  fato  que  intriga  e  até  revolta,  são  as  pessoas  que  não 
gostam de animais e simplesmente os envenenam. 
A morte por envenenamento é dolorosa.
            Há poucos  dias  aconteceu  um  fato  lamentável  em nosso bairro,
 uma moradora  simplesmente  envenenou  dois  cachorrinhos  do vizinho, 
não  se  importando  com  a  dor  do  animal  e  de  seus  donos,  no  caso 
duas crianças,  sendo que um dos animais morreu no colo de uma criança
 que chorou muito e ainda está sofrendo.
              Gostaria  de  saber  o  que  uma  pessoa  sente  ao envenenar um 
animal, por simplesmente não gostar dele ou achar que o está incomodando.
O  mais  fácil  e  mais  humano  é  procurar  o  dono  e  pedir  para não mais
deixar os animais em frente da sua casa.
            É triste saber que um animal que não pode se defender e é atraído 
por alguma comida recheada de veneno colocado por alguém sem 
a mínima noção de racionalidade.
           Temos  a  obrigação  de  respeitar  os  gostos  e  a  propriedade  de 
alguém;  não  temos  o  direito  de  fazer  uma  covardia  desta  nem  com 
animais de rua.  Os  animais  nos  trazem a legria,  principalmente  para
as  crianças  da  casa,  dão  aulas  de  comunidade unida quando é bem 
acolhidos. 
Não são feras mais, sim, amores, que alegram a casa e amam os que 
lhes dão carinhos.        

MEUS SONHOS

A poesia "Meus Sonhos" de autoria  do meu pai  Athos Fernandes
que a escreveu na mesa de refeições, correndo para apanhar a caneta
 para escrevê-la imediatamente antes que a memória o traísse.
Trabalhava, assim, nas musas poéticas, dedilhando os versos nos dedos
 calejados pelo uso excessivo da caneta. Este era o meu pai, que acordava
 na madrugada para buscar as musas mais bonitas para enfeitar os verso
s que às vezes só chegavam no amanhecer; dormia ali, na cozinha,
buscando no céu do novo dia que lhe trouxesse as virgens dos sonetos
 e poemas. Este era o Athos que no sol ou na tempestade, a qualquer
 momento que chegava a intuição lírica das poesias mais lindas que
tirava da sua cabeça cansada.      



MEUS   SONHOS     Athos  Fernandes

Eu  sonho  um  mundo  livre  e  sem  fronteiras,
            sem  guerras  e  trincheiras
sem  preconceitos  e  perseguições
em  que  do  proletário  as mãos  honradas
construam  hospitais,  creches,  estradas
            e  destruam  canhões !

Eu  sonho  um  mundo  calmo  e  equilibrado,
             na  Paz  consolidado,
em  que  não  medrem  ódios  e  rancores.
Um  mundo  em  que  os  fragores  das  batalhas
cedam  lugar  às  forjas  e  às  fornalhas,
             E  ao  ronco  dos  tratores !

Eu  sonho  um  mundo  forte  no  Direito,
            sempre  Justo  e  Perfeito,
sem  o  império  da  Gula  e  da  Cobiça
Um  mundo  que    pão  a  quem  tem  fome
e  à  Liberdade    bem  mais  que  um  nome
            no  senso  da  Justiça !

Eu  sonho  um  mundo  nobre  no  trabalho,
            quer  da  pena  ou  do  malho,
das fábricas ou  glebas  de  plantio.
Um  mundo  em  que  da  infância  à  senectude
tenha  o  povo  a  pletora  da  saúde,
            quer  no  inverno  ou  no  estio !

Eu  sonho  um  mundo  alegre  e  visionário,
            que  deteste  o  argentário,
e  construa  a  utopia  da  Igualdade.
Um  mundo  em  que  do  obreiro a  mão  calosa
nos  seja  a mão  amiga  e  dadivosa
            da  fraterna  amizade !

Sonho  um  mundo  sem  guerras  de  conquista,
              pacífico,  humanista
em  que  os  povos  se  abracem  como  irmãos.
Um  mundo  em  que  de  Cristo  os  sãos  preceitos,
inspirem  bem  deveres  e  direitos
            de  autênticos  cristãos !

Sonho  um  mundo  em  que  Deus  seja  louvado,
             sentido,  assimilado
para  atuar  na  vida  das  nações.
Um mundo  de  tal  modo  convertido,
que  um  templo  novo  seja  sempre  erguido
            no  escombro  das  prisões !

Eu  sonho  um  mundo  belo  e  sem  pesares,
            sem  armas  nucleares,
sem  preconceitos  e  perseguições,
em  que  do  proletário  as  mãos  honradas,
construam  hospitais,  creches,  estradas
            e  destruam os  canhões !

Eu  sonho,  enfim !  E  sei  que  tudo  é  sonho,
            tão  distante  e  risonho,
mas  que  virá  nos  dias  do  porvir,
Um  mundo  para  os  sábios  e  os  estetas
e  que  tão    os  santos  e  os  poetas
             poderão  construir !