sábado, 27 de julho de 2013

O NORTE FLUMINENSE - 07-2013



                         ABRAÇAR A EDUCAÇÃO
                                               Neumar Monteiro
                                                                                                                          
                  
               O Brasil precisa urgentemente abraçar a educação para que concorra a um lugar de mérito educacional modernizando, com providência de Norte a Sul, os currículos escolares. O nosso país está em déficit crescente na modernidade, o que contribui para a evasão escolar e a dormência do povo amado, idolatrado, salve, salve! Há que se alavancar a didática, a psicologia educacional e a história da nossa terra com fervor de brasileiros defendendo o solo em que amarramos a nossa rede e os coqueirais que balançam os nossos ninhos.
                   Acorda Jorge, Pedro e Damião! Acordam nossas didáticas, matemáticas, filosofias e outras sofias para engrandecer o ninho que nos foi legado desde Cabral, em 1500, até este futuro de 2013! Os brasileiros engordam numa rede roncando vantagens, visando miragens e distribuindo a sua letargia... Parou num tempo que ninguém divisa, dormitando na obesidade do seu lazer ou coçando a sola do pé descalço. Nada bom!
                  Nosso canto, encanto e popularidade, fazem sucesso além das fronteiras pertinentes, enquanto nossas ameixas, brejeiras, dormem nos galhos por falta de mãos trabalhadeiras que as recolham no balaio; nossas danças brasileiras foram trocadas pelo Rock and Roll na década de 60, Twist e Iê Iê Iê... Pisaram na bandeira brasileira! E nunca mais vimos à cara do bolero e só ficamos com o amarelo do sorriso. Infelizmente nos salões dos bailes sorteavam as músicas preferidas dos jovens que, em gritaria, pediam sempre os mesmos rocks. Um festival de gritos assim soprava das goelas jovens e ensandecidas: Viva o Rock! Queremos o Rock! Vivemos o Rock! Amamos o Rock!...
                   Abraçar a Educação eis o nosso refrão! Investir nos jovens, dando-lhes as oportunidades que merecem; fortalecer os professores munindo-os dos instrumentos próprios para acrescer o Brasil. O único caminho para a valorização de todas as tendências da Nação, quais sejam: crescer com zelo; criar oportunidades; levar os jovens por outros caminhos senão o nosso; excursionando para outros países em busca da aprendizagem de outras práticas intelectuais e funcionais, para que possam voltar ao Brasil com outras maneiras de vivenciar melhoramentos benéficos e aprendizagens para a evolução desta terra em verde/amarelo.
                   Um mutirão de jovens, professores, leitores, escritores, cantores, dançarinos, médicos, padres, dentistas, pastores ou idealistas; sejam o que forem, devem abraçar em cruz o nosso Brasil e redimir as dores das Marias e Dolores, dos sãos e pecadores, e da mulher compadecida... Tudo é vida, é Brasil e é guarida: O nosso terreiro, o  nosso guerreiro e a nossa vida bem vivida...Eis a fortuna da nossa Pátria !  Eis o encanto dos nossos dias ! Nossas esperanças de um futuro digno desta Nação ! Cresça BRASIL !   

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O NORTE FLUMINENSE - 12-2007



UM NATAL COMO ANTES                 
                                                                                      Neumar Monteiro

                                   Bons tempos aqueles de um Natal verdadeiramente cristão! Da simples manjedoura, abrigando um Jesus pequenino, cuja mensagem tinha um significado enorme capaz de incendiar os corações nos mais diversos matizes do amor. Quando ainda não havia o estardalhaço dos presentes suntuosos nem lojas apregoando, ininterruptamente, os seus produtos natalinos. Também não existia competição entre as crianças, já que todas se contentavam com os carrinhos de madeira e bonecas de pano ou de plástico. Até isso significava união, quando somente um ou outro ganhava bicicleta ou boneca de louça: não despertava ambição nem causava comoção à brincadeira do pobre com o rico; era outra maneira de sentir o Natal, uma emotividade que inundava o peito e transbordava no olhar.
                                   A árvore de Natal, tão humilde, feita de galhos de goiaba e enfeitada com papel crepom e laços de fita, para aguardar o 25 de dezembro. A rabanada caseira aromatizando a casa toda; a castanha assando na brasa, macarronada coberta com queijo parmesão e a carne, iguaria rara, curtida e dourada na banha Saúde. Que felicidade nos trazia a data! O presépio arrumado em praça pública para o cortejo do povo que levava presentes para o Natal dos pobres. A comunidade vibrava com os preparativos da Missa do Galo. Um tempo inesquecível!
                                   Que saudade da troca de cartões de Boas Festas; da igreja, com a fachada brilhando, enfeitada com luzes coloridas; do sinal-da-cruz traçado na testa quando se passava em frente da casa de Deus; dos sucos de frutas coados no antigo coador da vovó; da torta de abacaxi que a dona Maria Seródio presenteava os amigos por ocasião dos festejos. Quantos anos transcorridos... Parece que foi ontem. Um verdadeiro sentido do sentir, um elevado senso de fraternidade e um transbordamento de carinho cristão.
                                   O que aconteceu com o nosso Natal? Onde se escondeu a emoção, o compartilhamento, a gratidão e a crença? Hoje ninguém quer, não se tem tempo, não se precisa da fé no coração árido da modernidade. Não há mais o arrebatamento para a singela gruta de Belém, tampouco para um menino Jesus que nasce – retrato atualizado da pobreza espiritual e do descaso humano.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

LIVRO "PALAVRAS SÃO VERSOS"



PREFÁCIO

À vista do texto
                     
Palavras, palavras, palavras
e mais palavras   
muitas palavras...
Dizendo coisas, lembrando casos,
remoendo episódios
revivendo histórias...
Mas, sobretudo, ocultando fatos, de fato,
em narrativas sinuosas,
a olvidar primórdios
Como a driblar reminiscências
no jogo de memórias
e, de suas lavras,
Extrair de rios, mesmo rasos,
o aurífero inexato  de inúteis garimpagens
Precognitamente só fantasiosas
em busca dos acasos
das inconsequências...

E as ilustrações?

Seguem semelhante descompasso, do passo
no afã de definir imagens,                                                                           
variam suas incursões
e figuram com vantagens
na coerência do traço.    
----------------------------------- 
Eis, irmã poeta NEUMAR MONTEIRO, o que, de pronto, me inspira, à primeira vista, a leitura de seus poemas. Desde os versos iniciais do “Espaço de Nós”, contendo a ternura do convite ao parceiro para que alcem juntos o voo do sonho e da ilusão, dividindo o mesmo  espaço e partilhando  seus segredos; perpassando a seguir pelas análises de “Telhados” e “Novamente o Natal”, a descrição da “Velha Igreja” de sua infância, a confissão do “Beijo Roubado”, os “Sonhos em Cinza Chumbo”, as considerações filosóficas  de “Vida e Morte” e “Recomeçar”, a afirmativa de que se deve superar os desencantos em “Não é Preciso Chorar” e a perseverante busca de “Paz e Amor”... Tantos são os temas  que nos oferecem a sensibilidade e o talento de NEUMAR MONTEIRO  que convidamos o leitor a lê-los e relê-los, em tom rezado e lento, para melhor assimilar os trabalhos inteligentes e enlear-se espiritualmente no lirismo que trazem os poemas como “Amor que Nada Pede” que conclui esta coletânea magnífica.

                                         Antonio Soares (ASO)
                                         Escritor-poeta-cartunista
                                         Academia Niteroiense de Letras
                                         Academia Fluminense de Letras
                                         Associação Niteroiense de Escritores

segunda-feira, 15 de julho de 2013

LANÇAMENTO DE LIVRO



Lançamento do Livro “PALAVRAS SÃO VERSOS”, de minha autoria, em 12 de julho de 2013, no Ginásio do Ordem e Progresso, Bom Jesus do Norte  ES.
               Os convidados da solenidade foram recebidos com Junior Morett ao violino, o que agradou a todos participantes da noite de autógrafos. Foi como um sonho a passagem das horas escutando músicas e músicos de melhor categoria profissional: nos arranjos, no canto entoado pela cantora Olívia, filha do Professor “Renato Imagem” que, com sua Banda, agradou a todos.
A ornamentação esteve a cargo do Marquinhos  e o Coquetel foi comandado pela Walkiria.
               A noite foi muito acolhedora e prestigiada pelos meus convidados. Tudo foi bom do começo ao fim, quando as mais altas personalidades da Cultura de Bom Jesus do Itabapoana e Bom Jesus do Norte valorizaram o  meu trabalho abrilhantando a Noite de Autógrafos.   
Agradeço a todos que compareceram.
Segue algumas fotografias da solenidade.

Obs. para ampliar, clique nas fotos.