quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DOMINGOS MARTINS







DOMINGOS MARTINS - Festa SOMMERFEST (Festival da Imigração Alemã, realizado desde 1847)
O Festival aborda músicas, danças realizadas pelos jovens vestidos de acordo com as festas realizadas na Alemanha. Uma beleza de festa à caráter : tonéis de chopp, comidas típicas, muito alegria e jovialidade. Um sucesso! As casas no estilo enxaimel e a primeira Igreja não Católica com torre no Brasil; Parabéns pelos festejos e organização desta linda cidade que honra suas tradições.  

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ROTA DO LAGARTO













Obs. Clique na foto para ampliar.
Rota do Lagarto e Pedra Azul - aves canoras, flores de mil cores e verdes de tons diversos; enfim um caleidoscópio de belezas naturais: A alma acalma, o verde nos aquece, a beleza nos encanta e a comida nos fortalece. Tudo de primeira grandeza, desde a natureza até o nosso paladar. Não deixe de ir lá! 


PEDRA AZUL - PARQUE ESTADUAL


Condutores Ambientais na foto junto conosco; pessoas agradáveis e risonhas; beleza da floresta em esverdeados tons; tudo muito limpo, sem mosquitos e muitos sorrisos. Os condutores ambientais nos acompanharam pelas trilhas até à piscina natural no alto da Pedra Azul. Natureza pura, no "PARQUE ESTADUAL" da PEDRA AZUL!   

PEDRA AZUL - ES







Pousada LUSITANIA em Pedra Azul - Domingo Martins E/S, cercada pela Mata Atlântica, embelezada pela natureza e de pássaros canoros, frutos, hortências de variadas cores, flores exóticas e trilhas cercadas de árvores que se enroscam no alto formando uma tenda natural refrescando o solo onde pisamos. Vale a pena: comida ótima, excelente tratamento e educação para com os turistas. Nota 1.000!        

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

FERIAS EM GUARAPARI




           Passeio em Guarapari: onde se vê a beleza do mar azul, praias
           verdejantes  de coqueiros, moças de biquinis coloridos e
           paisagens exuberantes de areias  brancas como açúcar
           refinado. Paulinho, eu e os netos João Vitor e Maria
           Fernanda, participando desta  manhã  queimada de sol.
           Uma beleza!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O NORTE FLUMINENSE - 01- 2013



                NADA COMO ERA ONTEM
                                                         Neumar Monteiro
                                                                     
                        Chegamos ao fim do ano 2012 sem acontecer à vingança da terra para com os homens que nunca cuidaram dela. Não vimos nem fumaça de um fim do mundo tanto aclamado pelos divulgadores de notícias. Acredito no bem e no mal que possa acontecer neste planeta tão maltratado: águas envenenadas pelas indústrias, esgotos a céu aberto que correm para os rios e as trouxas das lavadeiras escorrendo o sabão em cada batida do enxague. Todo o mundo não respeita a natureza, daí árvores cortadas a cada instante para abastecer as serrarias e pelo serrote caseiro para sustentar o fogão a lenha. Tudo tão traumático para todos que aqui habitam: a terra minguando do verde, o verão pegando fogo, a primavera sem flores, amores desvergonhados e aquele frio de outros tempos que foi embora correndo para outros itinerários, o que o Brasil já não contesta, botando fogo na palha em triste aceitação.
                      Ontem havia um ganso que mergulhava na água do Itabapoana, era um verbo de um tempo passado que ninguém levou em conta. As crianças carregavam o ganso em correria até que enjoavam da brincadeira. Ontem se via a lua num céu de prata e de estrelas; ontem todos olhavam, namoravam e dormiam cobertos de sonhos de amor; hoje a poeira empoeirou a lua com os gases venenosos que poluíram o universo. Ontem eram as serenatas embaladas pelos violões e vozes românticas dos apaixonados, poesias enamoradas e cartões passados por mãos escondidas sob a mesa. A lua brilhou, brilhou no céu da mocidade, hoje ficou a saudade: dos tempos vadios e dos ventos uivantes; da sacola de rosca embrulhada nos braços e o chapéu que a vovó nunca tirava. Outro tempo, outro mundo.
                     Lá longe cintilavam as lantejoulas dos carnavais de ontem: vermelhas, douradas e prata faiscante. Lá vem Maria de lantejoulas bordadas no vestido de chita! Riam as ricas das pobres outras crianças. Vamos pular amarelinha, vamos comprar a pipoca, brincar de corre coxia e da princesa Esmeralda; apostar a correria, que bom dinheiro daria, para comprar um sorvete. Entrar noite adentro com as histórias de fadas, lobisomens cabeludos e mais conversas fiadas que inventavam todo dia: Meu pai ganhou na loteria! Só pra fazer inveja. Era um tempo de amizade que as mães levavam os filhos para correr na pracinha, ficavam sentadas nos bancos contando histórias de casa ou receitas que faziam. Uma harmonia sem igual que hoje virou cafonice, bobagem de mulher  com pejo tapando o joelho bonito com a roda da própria saia.    
                   Como será o futuro com os pulos que o próprio dá? Hoje a cabeça nem sabe como o futuro será. O mundo ficou maluco de hora a hora mudar: a moda que há agora, já amanhã não será; a notícia desta hora já num minuto não mais; se o mundo vai acabar como disse a manchete, já passou pela internet e foi parar no beleleu. Ninguém discutiu o tema foi parar no Ipanema deixando o mundo acabar no bar do chope gelado, contando a história boba que o mundo não acabou porque ele ofereceu uma roda de cerveja para os ventos uivantes, para as nuvens que passavam e para a morena bonita de trejeitos apaixonados... Do passado se esqueceu, o fim do mundo aboliu, virou a bebida no copo sem questionar o amanhã e foi embora sorrindo para algo escondido na sua cabeça vã.  



                      

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O NORTE FLUMINENSE - 08 / 2007



UM CRUZEIRO E TRÊS DEDOS DE PINGA                                                                                                                                  
                                                                                             Neumar Monteiro
                                  
                       
                      Tanto tempo passou desde o Cruzeiro, moeda nacional com equivalência a um mil réis instituída pelo Decreto-Lei nº 4.791 de 05.10.1942. De lá para cá muita coisa mudou, mas as necessidades continuam as mesmas. Ao observar uma pequena samambaia nascida em meio a pedras a correlação foi imediata: como aquela, os brasileiros lutam no dia-a-dia pela sobrevivência em meio às disputas, extorsões, escândalos político-econômicos e sonegações de toda espécie. É o mesmo que tirar vida da aridez da pedra dura.
                        Como o dinheiro é inacessível ao bolso da maioria dos brasileiros!... Na ordem inversamente proporcional daqueles investidos em cargos de projeção política. O que houve com a consciência e o bom senso se o descaso com a coisa pública tornou-se uma constante?
                        O cruzeiro, como unidade monetária, puxa outros assuntos como o antigo bar do Júlio Galdino, no centro da cidade, no térreo do prédio do dentista Altino Mello. Ali as crianças compravam as balas chupetinhas, que traziam brindes de anéis dourados com pedras coloridas no palito de sustentação, ao preço de dois centavos. Famosos, também, os torresmos, pernil de porco assado e salame, que acompanhavam as talagadas de pinga.
                        No terreno baldio do outro lado da rua, bem em frente ao bar, acontecia a feira livre semanal onde se podia encontrar de tudo desde especiarias a enxoval para noivas vendidas pelo “seu” Valdevino (Bodevino conforme costumava ser chamado). A feira era tudo de bom, vendendo até carne de porco dependurada em varais ou estendida em tábuas sobre suportes de madeira. Os frangos eram depenados na hora e embrulhados em papel jornal. O ar cheirava múltiplos odores de ervas, doces e frutos conforme tocava o vento. As crianças se esbaldavam na correria, surrupiando de vez em quando uma mexerica da cesta do feirante, enquanto se divertiam com os homens em pernas de pau e os engolidores de fogo que se apresentavam quinzenalmente. Logo adiante ficavam o prédio da Dona Lili da datilografia, o da Maçonaria e o Açougue Braço Forte do Agostinho Moraes Soares. Dois deles continuam no mesmo lugar, com pequenas reformas.
                        A história do bar do Júlio Galdino mesclou-se à nossa na década de sessenta. Terminado o baile, os rapazes saíam do Aero Clube e iam acabar a noite no Galdino tomando à famosa saideira; e ali ficavam escutando o mavioso violão do Valzenir Fiori até o raiar do dia. Na atualidade, o Cruzeiro virou Cruzeiro novo, Cruzado, Cruzado novo e Real, e o dinheiro continua escasso. Pelo menos em outros tempos a vida era pura poesia, muito embora os bolsos furados.