segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

LIVRO "DEVANEIOS"

IMAGENS
                             Neumar Monteiro

Guerra, como se fosse razão
de todas as discórdias.
Fome, como se fosse tema
de todas  as conversas.
Morte, como se fosse lema
de todas as bandeiras.

O copo da chacina
anda cheio
nos becos, nas esquinas
e nas praças.
A goela engole
o trago da agonia,
os olhos se escurecem
de fumaça.

Zumbem barulhos,
como milhões de abelhas,
nessa selva de asfalto e pó.
Brilham navalhas
retalhando caras,
morre a criança esfomeada e só!

MORTE, COMO SE FOSSE LEMA
DE TODAS AS BANDEIRAS!...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CARNAVAL 2012

 
 “OS BONECOS
      GIGANTES
      DO TUPY”         
 Os bonecos do Tupy encantam a todos e a alegria é grande quando passeiam no Carnaval bamboleando os quadris. Tradição, há mais de trinta anos, os bonecos vestem roupas vistosas e bem feitas, quais manequins gigantes da alegria. O Toninho do Tupy, carnavalesco de raiz, toma conta deles como se fossem filhos; e a cada ano renova o enxoval dos lindos bonecões enfeitando-os com plumas, blusa de bolinhas, chapéus combinando com a vestimenta e até mesmo um boneco careca. Um brilho sem igual; muita emoção, que dança na avenida contagiando o povo. Parabéns Tupy e parabéns Toninho, que alegraram crianças, velhos e moços com sua apresentação. Fez o Carnaval acontecer... Pelos bonecões e pelas cores vivas  que encantaram a Praça Governador Portela.  
Fotos: Feijão

Clique nas fotos para aumentar  

sábado, 18 de fevereiro de 2012

POESIA INÉDITA

PAULO DE TARSO
Neumar Monteiro 

Paulo de Tarso
foi a semente primeira
que de mim brotou.
Foi o encantamento
de nascer um filho
quando sua mãe
ainda era flor.

Quantas alegrias
para mim as trouxe!...
Como um passarinho
ao bicar o fruto;
fruto que veio do amor
polenizando o mundo,
fertilizando a graça
que Deus em mim deixou.

Tantos dias passaram
dos choros à noitinha,
das madrugadas infindas
cuidando de um filho meu.

E hoje agradeço
este filho abençoado
chamado Paulo de Tarso,
que a bênção de Deus me deu.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

LIVRO "POEMA DO AMOR ETERNO"

AO  MEU  FILHO
(Poema acróstico)
                                                 Neumar Monteiro 

D este-me, querido, uma grande ventura.
 I  nebriaste meus dias de ternura e
O rnamentaste meu ser desde que nasceste.
G rata estou a Deus por conceber-te.
O brigada, meu filho, por merecer-te   

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

RECORDANDO

Tempos passados, quando aconteciam as festas juninas no Aero Clube, nas escolas e na praça Governador Portela. A sociedade aderia com prazer os festejos. Na oportunidade, nomeamos alguns conhecidos por não sabê-los todos: Temildo, Alcione Mangaravite, Jolina, Negativo, Marly, Nancy, Guilhermina, Judith Arantes e outros... Quem souber os demais qualifica-os para abrilhantar o retrato.
Que era bom, era!  Obs: Clique na foto para aumentar.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

SARAU

SARAU em minha casa, ocasião em que tive a alegria de receber os nossos amigos que a dois anos nos reunimos mensalmente para um encontro musical, cada um no seu estilo.
 Foi uma tarde bonita ao som de teclado, violão de 06 e 12 cordas, guitarra, voz e ritmo. Vale a pena participar!
 Obs.Clique na foto para ampliar

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O NORTE FLUMINENSE - 02/2012

O BRASIL DO CARNAVAL
                                                                           Neumar Monteiro   

                    A Economia brasileira cresceu muito no decorrer dos últimos anos, e este pulo serviu para impulsionar os salários de trabalhadores de vários setores socioeconômicos. Hoje as aquisições salariais aproximam-se a ponto de equiparar o salário de um vigia de obra ao de um Professor gabaritado com curso superior; não desfazendo do trabalho do vigia que não é o nosso intento.
                    Tudo mudou nesta terra de meu Deus!... Depois do Real, que por um lado favoreceu os menos afortunados, houve o colapso das aquisições antes impossíveis que transformaram as moradias num arsenal de aparelhos eletrônicos, às vezes supérfluos, que os adquirentes nem sabem manejar. Hoje em dia o brasileiro está com a faca e o queijo na mão sem estrutura para usá-los.
                        Muita das vezes o poder, seja qual for, transforma o homem num robô que segue o caminho exorbitante dos gastos: grandes viagens, excesso de bebidas e outros tantos que só fazem mal sem preencher o coração de paz ou de alegria. Viramos um copiando o outro; como autômatos enfileirados na fábrica da moeda “Real”, esperando saciar a ganância de viver aventuras e propagá-las aos companheiros na jornada dos copos.
                      Outrora havia a poesia, a serenata, as cantatas dos corais. Havia o tesouro das estórias guardadas a sete chaves pelos avós para encanto dos netos. Havia harmonia, casa cheia e euforia pelo prato de sopa quente que transformava a família num só paladar, coisas do ontem... Hoje é a ganância, é o vício que vende até os filhos para comprar a cachaça. Houve um tempo bom, que não soubemos conservá-lo: a igreja badalando o sino na manhã do bem querer e o almoço do domingo com carne corando ao forno; a rede esperando a sesta e uma festa de bicicletas passeando pelas ruas esvaziadas de carros. Era ontem, distante e sem crise.
                        Atualmente assistimos o festival de crises sobre crises. Falácias de inverdades que os próprios dirigentes do povo enxameiam pelas praças; discursos, sempre os mesmos, para boi dormir ou cigarras cantando ao léu.  Resta-nos o passado que era menos perigoso, quando a tarde era airosa e o sono batia gostoso. Depois o passeio na praça mostrando os vestidos de chita, todos enfeitados de fitas, que neste tempo era moda. Aos ricos os tafetás.
                        Hoje, com a vinda do Real, passaram uma régua no bolso igualando os grandes aos pequenos. Pelo menos era esta a intenção. Só que existem as fortunas que são pagas a alguns; desvio de dinheiro nos caixas; ingerências patrimoniais, uns ganham poucos outros mais e assim vai correndo a vida: um dia bem, outro mal.
                        Neste Brasil brasileiro até quem ganha pouco brinca no carnaval que, aliás, está chegando. Que povo danado de bom! Perdoa os roubos dos cofres; vota em quem lhe der mais (ou que fazem promessas aos pobres e não as cumprem jamais); pisoteia na bandeira, municipal ou nacional; faz uma cara de bobo e de bobo é falaz! Contra a crise ele clama pelo rádio e o jornal, faz cara de bom menino para encher o embornal... Eta povo brasileiro!... Que dia-a-dia o ano inteiro, que vai de janeiro a janeiro em folia nacional, só fala no carnaval!                                   


RISCOS & RABISCOS

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O NORTE FLUMINENSE - 04/2007

NAHARAK SAID 
                                                   Neumar Monteiro 

“Tenha um dia abençoado”, conforme traduzido do árabe o título desta crônica. Como abençoados eram os dias dos cantores bonjesuenses nos programas de calouros da antiga rádio de nossa cidade, num tempo, infelizmente, já esmaecido na memória. Época do Gumex, perfume May Grife, revista D’a Saúde da Mulher, Jeca Tatuzinho, Almanaque Goulart e Almanack do Biotônico Fontoura. Vivemos através de seletas recordações. O que somos hoje é o reflexo do que já passamos. Conforme versos do poeta inglês Coventry Patmore: “A verdade é grandiosa, e prevalecerá mesmo que ninguém se importe com ela”, enquanto vivermos neste mundo predominará a integridade do ser, mescla do que fomos e do que somos. Contestar quem há de?...
Sobre os cantores, lavamos a alma ao mencioná-los: Carmem Guimarães (Carmita) que ainda nos enternece com sua voz que não mudou nada, pelo contrário até amadureceu com o transcorrer dos anos, um misto de contralto com os agudos de soprano, de tonalidade rara, um quê de Ângela Maria e Alcione; Tião Moura, das emboladas, uma atração de todas as festas; Manoel Ribeiro com seus boleros apaixonantes; Zé Barbosa, voz de portentoso timbre; Marly, com meiguice e entusiasmo vocal que enterneciam os corações; Zé Besouro imitando o Nelson Gonçalves e dos locutores Edílio Miranda e Nascimento Freire (o Garoto), vozes de colorido e interpretação geniais. Aplaudidos seresteiros e também  componentes da ZYP. 31. 
Há quem diga que lembrar o passado é piegas. Tema controvertido, sabendo-se que quem não lembra é amnésico ou não o viveu ou já morreu, hipóteses lamentáveis. Relembrar é descortinar, tirar o véu, para exibi-lo à geração atual que repassará às futuras, assim sucessivamente. Se conhecer do passado fosse crime, estaríamos menosprezando os textos sagrados da Bíblia fontes de ensinamentos e exemplos sempre atuais.
Como olvidar o “Negativo” que impulsionou por anos a fio a nossa Rádio? Da orquestra do Samuel Xavier e do Juquinha Sapateiro; bar do Oto Hirch, depois do Noé Borges do Carmo; bar do Jésus, Toca da Onça, Biondina e Noelândia? Enfim, outra Bom Jesus já quase perdida...
A cidade, habitada por nossas lembranças, não se move apenas em direção ao passado de nossa história, também para adiante do presente em busca do futuro. Entre o antigo e o contemporâneo, miríades de esferas luminosas, como células aglutinadas, formam a água-viva da Bom Jesus de hoje. Fiquem certos disso: recordar é viver duas vezes tentando conciliar o presente ao passado. Sendo assim, a esperança não morre, só congela no tempo esperando novos acenos para despertar as saudades... Mil vezes revisadas em nossa mente.  

                                                                                        

                   

                                     


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Confesso que recebi este convite dos formandos da Escola Municipal LUIZ TITO DE ALMEIDA; escola em que trabalhei, com muito gosto, deixando-me uma grande saudade. Não pude comparecer na formatura por outros tantos e infelizmente... Não esqueci de vocês, nem da bela Rosal: Distrito Felicidade... que de flores alegra todos que chegam lá.  Abraços da Neumar.