terça-feira, 31 de janeiro de 2012

RECORDANDO

Todas as vezes que passo pela antiga casa do Toninho Ferraz, na beira rio, lembro-me da Márcia e do Marcelo (pinta roxa). Tantas vezes brincamos ali na pequena varanda, torneio de pedrinhas, fantasias de carnaval e de odaliscas (nosso brinquedo predileto). O tempo passou, restou a casa triste e sem risadas; sem fantasias... sem graça. Foi o que restou de nosso tempo criança.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

LIVRO "POEMA DO AMOR ETERNO"

MADRUGADA
                                 Neumar Monteiro 

Aqui estou eu,
na madrugada fria,
falando de amor
num colóquio com o vento. 

Aqui estou eu,
falando de saudade,
buscando a solução
dos sonhos que acalento. 

Aqui estou eu,
sorvendo a lembrança,
que este vento traz
e o pensamento alcança. 

Aqui estou eu,
na madrugada fria,
vivendo de lembranças
que morrem com o dia!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PEDRA AZUL "DOMINGOS MARTINS ES"


Que dia lindo passamos em Pedra Azul no restaurante “A Lusitania”. Boa comida, música ao vivo, contato com a natureza que lá é belíssima de um verde que não se vê por aqui. Rosas que te quero rosas!... De todas as cores, junto aos lírios brancos, florações de miosótis e orquídeas variadas enchendo os olhos. Pedra Azul que te quero linda, que te quero vê-la, que te quero amiga...
Na foto: Eu, Paulinho e Bebel.

sábado, 21 de janeiro de 2012

LIVRO "DEVANEIOS"

SEGREDO
                           Neumar Monteiro 

Há uma porta fechada
e uma gata malhada
que se esconde pelos cantos.
Há um desencanto à espreita
e uma certeza-vontade
de ver além 

Talvez alguém abra essa porta
e se estrangule com o que vê.
Porque o que há além da porta
é segredo – coisa nossa...
pertence a mim e a você:
-AMOR-

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Em outubro de 1997 tivemos a alegria de representar a nossa Paróquia no “II ENCONTRO MUNDIAL DO PAPA COM AS FAMÍLIAS”, acontecido  no Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro.  Nunca sentimos ou participamos de tanta felicidade em nossa vida. A Santidade do Papa João Paulo II, contagiou todos os presentes com uma luz radiante que, vinda do céu, abriu caminho entre as negras e pesadas nuvens de chuva  mostrando um sol nunca antes visto. Aproximadamente 03 milhões de pessoas ajoelhadas, cantando e rezando, dentre estas o próprio Roberto Carlos,  agradecemos a bênção. Momento único que participamos, Paulinho e eu, saímos renovados.        

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O NORTE FLUMINENSE - 01-2012

                      MAIS UM ANO  E  MENOS UM
                                                                                   Neumar Monteiro

                           Passaram os dias de confraternização pela chegada do Natal, antes tão esperados e já, no alvorecer de 2012, esquecidos. Acredito que os tempos são outros, conforme já diziam os nossos pais: não encontramos mais os princípios de ontem... Viraram poeira, exonerados nesta modernidade intolerante e sem trégua que descartam os valores éticos e religiosos. Exercer a bondade no Natal é válido, mas quem sabe também no decorrer do ano? Conforme o ditado, arroz de um dia só não enche barriga.
                            As mensagens de Boas Festas lotaram as caixas de correios, também os eletrônicos emails, facebooks, twitter , you tube, blogs e demais enxurradas de cumprimentos, lamentos e futurismos de acabar o mundo em 2012 descrevendo o fogo, o louco e uma Nova Era comandada pelo agente do mal. Isto é novidade? Já assistimos a este filme e demais outros com assuntos iguais. Desde criança nos contam sobre a perversidade do ‘final dos dias’. Em contrapartida, creio num Deus onisciente, presente e soberano de nosso futuro. Quem pode contestar esta premissa?
                            Dentre todos os amigos que participaram da festa natalina faltou um: o aniversariante que nem foi citado, deitado na manjedoura com as mãos estendidas e sorriso de criança – singelezas de Natal que ninguém medita ou aprecia.  Beijos, brindes à paz e a festa natalina virou um encontro social desencontrado do objetivo da data. Risos, fogos, lampadinhas; flores vermelhas simbolizando alegria entrando pela noite a fora até começo do dia.
                            A revista Planeta de dezembro/2011 focalizou um artigo impressionante sobre o número de brasileiros sem religião, cuja soma aproximada já chega a “12,5 milhões dentre ateus, descrentes e agnósticos, todos vítimas de preconceitos, mas que podem ser mais espiritualistas do que os militantes religiosos de plantão”. Realmente os estigmas são frequentes desde o princípio do mundo, cada um exaltando a sua fé enquanto Jesus entregava a sua vida em prol do perdão, humildade e paz entre os povos. No Natal nasce Jesus e no coração dos homens morre a fé. Triste conclusão...
                            Atualmente, tenho ouvido muitas queixas sobre a solidão e a indiferença, pessoas com estigmas do desamor sentindo-se apartadas da sociedade porque não se vestem bem ou não ostentam bens valiosos. Sinal dos tempos ou que o coração já não abraça o amor ao próximo? Ou tudo misturado? A insanidade grassa por toda parte; na verdade não passamos de meros e minúsculos humanos, querendo imitar uma grandiosidade inatingível por nós. Daí  nascem as depressões, os crimes e as insanidades que transformaram o paraíso numa colcha de retalhos encardidos e mundos destruídos na escravidão dos prazeres... Imundices, estas, que norteiam às mentes, provocando os males e azares na vida.
                            O Ano Novo pode trazer a paz a quem tem fé e acreditar no amor e respeito à integridade do outro; não olhar os defeitos, mas perdoar o coração pela mágoa que ainda abriga; descortinar um novo horizonte não pensando no ontem que já se foi e nem volta depois; cresça e apareça, porque o olhar do outro é que nos define e nos forma, disse o filósofo Umberto Eco. Portanto, felicite o futuro! Embora os maus presságios de sábios e ciganos da sorte.



FELIZ  2012!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

RECORDANDO


Bons dias de carnaval no Aero Clube... Que saudades! A turma era composta de muitos amigos; alguns, infelizmente, já não estão mais aqui. Porém a brincadeira era boa, que risadas tantas... Que beleza aqueles tempos! Éramos tão felizes.  E as fantasias? E a farra? E o martini, cuba libre, conjunto do Juquinha? Tempo bom que não volta mais, saudades não nos satisfaz. Mora na jogada, benzinho.

POESIA INÉDITA

                                     PALAVRAS

                                         Neumar Monteiro 

Palavras ferinas, palavras ladinas,
palavras sem nexo... Palavras apenas,
sinceras, pequenas, palavras são versos. 

Palavras que saem da boca, perfeitas.
Palavras origem que vertem malfeitas
distorcendo o rumo da história.
Palavras ingratas em línguas alheias
que tecem as teias malsãs das inglórias. 

Palavras, palavras... Quem há de esquecê-las?
Quem há de não dizê-las todas?
Quem há de trancá-las, quietas e ausentes,
podendo dizê-las e querendo expressá-las? 

Palavras não ditas, na boca guardadas,
são mágoas doídas lá dentro da gente.


domingo, 8 de janeiro de 2012

RECORDANDO

Velhos Tempos: Éramos felizes sem imaginar que fôssemos. Mas o coração guarda lembranças de medos e felicidades... Naquele dia, por exemplo, não me encontrava ali porém só de ver a foto reporto-me àquele retrato porque se não estou no mesmo, meu coração, com certeza, está. Saudades de ontem e de hoje de vocês!

sábado, 7 de janeiro de 2012

LIVRO: "POEMA DO AMOR ETERNO"

AMOR
                                   Neumar Monteiro 

Quando você se foi, amor,
eu era bela como a rosa
e pura como o jasmim.
O meu corpo cheirava a flores,
minhas mãos eram macias
e o veludo as invejava. 

Hoje, o tempo destruiu a rosa
e as lágrimas mancharam o jasmim.
Desfolho o malmequer
com as mãos que você amava
e no meu corpo desfeito o desespero
deixou marca, deixou cheiro. 

E agora você retorna
e eu me escondo.
O chão que você pisa
não conhecerá meus pés.
Mas você me quer, você me chama,
pois nos olhos do amor
eu sou ainda bela
e no grito da saudade
sou aquela que o ama!




segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

LIVRO “DEVANEIOS”


INCERTEZAS
                                       Neumar Monteiro

Já não sei quem sou,
nem o que fui
o que serei já não me importa
sou vaga do mar, sem rumo,
sou praia do amor, deserta!

Sem lira, perdida no caos
do abandono,
não sei quem fui,
nem serei quem sou,
nauta perdido em proceloso mar,
sem pátria¸ sem dono,
sem onde ancorar.

Se fui, se fiquei¸ já nem sei.
Meus sonhos vogando,
sem cais, sem abrigo.
De leste a oeste, de noite ou de dia,
sou barco sem porto,
sem tristeza ou alegria.

Um dia, quem sabe
futuro distante,
eu possa aportar-me
no cais do amor...
Serei ser ditoso,
já sem incertezas,
feliz, venturoso, isento de dor!